quarta-feira, 22 de agosto de 2012

22 de agosto - Dia do Folclore


De acordo com Brandão (1982), antes de surgir o nome “FOLKLORE”, havia muitos historiadores, literatos, músicos eruditos, arqueólogos, antropólogos, antiquaristas, linguistas, sociólogos e muitos outros especialistas que curiosamente estudavam os costumes e tradições populares, a que mais tarde se daria o nome de folclore.Nome que Cascudo(1967) afirma ter aparecido pela primeira vez em uma carta que o arqueólogo inglês, William John Thoms, escreveu à revista The Atheneum, de Londres, publicada na edição que circulou dia 22 de agosto de 1846.

A palavra “folclore” é formada por dois vocábulos do antigo inglês: folk (que quer dizer “povo”, que por sua vez, pode significar “nação”, “multidão” ou “plebe”, gente simples, pobre) e lore (sabedoria, conhecimento).

Somente após 32 anos da carta de Thoms, foi fundada por mitólogos, arqueólogos, pré-historiadores, etnógrafos, antropólogos, psicólogos e filósofos, uma Sociedade de Folclore, que mais tarde, estudiosos do assunto propuseram que folclore (escrito em minúsculo) significasse, o saber do povo e Folclore (escrito em maiúsculo), o saber erudito que estuda o saber popular.

Pelas reflexões de Frade (1997), no Brasil estende-se o folclore à cultura primitiva, aos mitos, lendas e cantos, de sociedades tribais de índios do Brasil.

Brandão (1982) afirma que o folclore é uma criação pessoal que um dia alguém fez de algum lugar e ao longo do tempo sua reprodução foi coletivizada, e a autoria cai no chamado “domínio público”. A coletivização anônima do folclore se vive pelo que se cria e se faz, todos os provérbios que somos acostumados a repetirmos de vez em quando, os padrões das colchas de fiandeira ou das rendas de bilro, o modo artesanal de como fazer a pesca no mar, as rimas e modas do fandango paranaense, marchas de rua longas e antigas, “embaixadas” dos ternos de congos, tiveram os seus criadores um dia, coletivizadas justamente porque foram aceitas a memória oral, que é o caminho por onde se chega ao saber do folclore, esquece autorias, modifica elementos de origens que retraduziu tudo como sendo um conhecimento coletivo, popular.


O Folclore sendo a manifestação popular livre, onde se leva em consideração toda uma história vivida com dignidade e acima de tudo sendo o grito da saudade de tempos passados, é manifestado de forma um tanto privilegiado no Brasil, país rico em diversidade cultural e com uma miscigenação de povos e culturas. Nessa diversidade cultural, temos como resultado o rico folclore brasileiro. 

[...]

Interessante que a Educação procura ter um olhar específico para tal manifestação, pois compreende que a grandeza do ser humano está na simplicidade da vida. É vivendo cada momento que o indivíduo tem um encontro pessoal consigo mesmo. 

Quando foram implantados os Temas Transversais, a ideia era lidar com assuntos que estivessem inseridos no cotidiano escolar, sem alterar o grande rol de conteúdos propostos pelos PCNs. Trabalhar com transversalidade significa optar por assuntos que percorrem linhas transversais, abrangendo variados tópicos. O Folclore, por suas próprias características, contempla essa transversalidade, em conjunto com o tema da Pluralidade Cultural. 


A Pluralidade Cultural está relacionada à formação cultural do povo brasileiro que é resultado de uma grande mistura. 

Diante disso, trabalhar o folclore é valorizar o que há de melhor no Brasil – sua cultura – e permitir que os alunos, oriundos das mais diversas origens e etnias, expressem-se culturalmente. A conscientização das diferenças culturais existentes em nosso país ajuda a formar cidadãos éticos, capazes de interagir com pessoas diversas, respeitando-as e aceitando-as com suas manifestações, aprendendo e ensinando por meio da troca. O Folclore oferece essa oportunidade com uma proposta lúdica. É possível ensinar o respeito por todas as manifestações culturais presentes na sociedade brasileira e, com isso, ensinar a respeitar o próprio Brasil.

MATTOS, G. H. Cultura popular e folclore: os esforços para preservação da identidade do povo brasileiro. Bebedouro: UNIFAFIBE, 2011.

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Entrevista com Nany People

No mês de julho, Nany People esteve em Bebedouro-SP. Eu, repórter do Jornal Quatro Páginas, tive a honra de fazer uma entrevista com pessoa talentosíssima. Confiram:
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A atriz, humorista e apresentadora de shows, Nany People, esteve no Teatro Municipal de Bebedouro no último 28 de julho com o espetáculo “Então... Deu no que deu”. Espetáculo de humor inteligente, de total interação com a platéia, idealizado por ela mesma, satiriza situações do cotidiano afetivo masculino/feminino.
Na ocasião, Nany concede entrevista exclusiva ao Jornal Quatro Páginas.

JQP: Quem é, e como surgiu Nany People?
Nany: Então... Não tenho como falar que a Nany People é um personagem, porque seria personagem se eu saísse do palco, deixasse a Nany People e virasse o Dunga, como eu virava antigamente. A partir do momento em que eu virei transexual, houve uma fusão; e a Nany não existiria sem o meu mosaico de vida, sem a minha formação moral, cultural e cívica. Quando eu comecei a fazer shows na noite, seria muito fácil se eu deixasse essa personagem com seus trejeitos e seus conceitos somente nas noites, mas não, eu assumi isso na minha vida pessoal. Existem na Nany, muitas características do ator que a faz e existem no ator, muitas características da Nany.  Eu sou Nany 24 horas por dia.

JQP: Você já sofreu algum tipo de preconceito na sua carreira artística?
Nany:  Eu seria muito mal agradecida se eu dissesse que já sofri preconceito. Eu tive o teatro como o meu grande porta voz, como o meu trampolim, muitas portas foram abertas na minha carreira. Estive em cartaz em janeiro e fevereiro em São Paulo e no Rio de Janeiro em dois teatros conceituadíssimos, participei de A Fazenda, fui repórter da Hebe, fiz A Praça é Nossa e tantas outras participações em programas de TV. Não estou contratada por nenhuma emissora porque eu estou viajando feito uma louca. Como eu posso falar de preconceito se hoje eu posso ter uma desenvoltura profissional que poucos estão tendo?!
Tive uma mãe maravilhosa e uma cultura ao meu favor, e quando você tem a cultura como sua arma defensora, as pessoas não fazem de você o que você não é ou não acredita. Existe preconceito? Sim! Mas quando você se dá o respeito, as pessoas pensam muito, antes de falarem de agir com preconceito ou lhe falar qualquer coisa que possa te ofender. Já fui questionada no seguinte: Você não tem um programa de TV porque há preconceito? Não! Conheço héteros talentosíssimos que nunca tiveram a chance de dar as caras na TV

JQP: De onde veio a Nany People?
Nany: Eu não nasci famosa, sou do sul de Minas, nascida em Machado, fui criada até os 6 anos em Serrania, e depois fui para Poços de Caldas, a qual considero minha cidade natal e meu mosaico de vida está lá. Cheguei a São Paulo com um colchãozinho de espuma, na Viação Cometa, fui garçom, depois, garçonete, caixa de banco, vendedora de vestido noiva, entre outros. Sempre trabalhei muito, em três ou quatro empregos de uma vez.

JQP: Quando você optou por esse lado humorístico?
Nany: Na verdade, eu sou muito gozada! (Gargalhada). Na vida as pessoas têm ou não têm 3 coisas: talento, carisma e “pé grande”. Eu sempre fui muito falante e o carisma para a comédia, foi surgindo naturalmente. Você fala uma coisa na sala de aula e todo mundo acha graça. A comédia veio há pouco tempo, mas ser chamada de humorista, foi o Sr. Carlos Alberto de Nóbrega quem fez isso.

JPQ: Por que Nany People?
Nany: Nany foi inspirado em Nany Venâncio, que é uma pessoa guerreira, batalhadora e muito carismática. E People, porque em São Paulo tinha uma boate chama Gentes, e quando íamos para lá, eu conversava até com o hidrante, eu sou do povo, eu gosto do povão; puxei isso da minha mãe.

JQP: Qual o seu trabalho voltado ao público GLS?
Nany: Eu escrevi para a G Magazine durante 10 anos, fazia muitos shows em boates gls, mas a partir do momento em que a droga química invadiu a as baladas, o conceito de noite mudou muito, então fui deixando esse trabalho. E até lamento, com pesar, porque o conceito GLS também mudou. Na minha juventude, homossexualidade era sinônimo de inteligência, hoje, emburreceu-se muito... Eu me firmei como artista! Drag por drag, tem um monte, transexuais, existem milhões, se A Fazenda teve Nany People, o BBB teve Ariadna. O teatro me fez sair do gueto e dar a cara a tapa em rede nacional. Eu sou artista do teatro, e quando se é artista de teatro, seu mundo artístico é muito maior.

JPQ: Qual sua opinião sobre a união civil homossexual?
Nany: É Primordial, fundamental e já vem tarde. Toda a minha geração foi varrida pelo HIV, e cansei de ver amigos que chegaram do velório do próprio parceiro de quase 20 anos, e a família que nunca deu nem se quer um bom dia para o que faleceu, mudarem a fechadura da porta, e o parceiro não conseguir entrar para pegar as coisas dele próprio. Isso ninguém me contou, eu vi, porque eu dei a minha casa como resguarde a esses amigos que ficaram jogados na rua, e só entraram em casa com mandato judicial. Ninguém quer casar pra ficar tirando onda, as pessoas querem simplesmente o direito de ser, estar, permanecer e ficar. Poder fazer um imposto de renda e colocar o outro como dependente, fazer um seguro de vida ou um plano de saúde e colocar o parceiro como dependente.

JPQ: Falando em união... Como está o coração da Nany People?
Nany: Muito bem, obrigada! Titia agradece! (Risos) Se a Madonna pegou Jesus, eu pego os querubins. Seja bom enquanto dure! Estou muito feliz, muito bem e realizada. Não estou casada nem namorando; estou em uma relação. Estou com 46 anos e sempre saí com homens de vinte e poucos. Mas sempre coloco para estudar e para trabalhar.

JQP: O lhe agrada?
Nany: O palco, o teatro, pessoas educadas e carinho espontâneo.

JPQ: O que tira você do sério?
Nany: Pouca vergonha, politicagem suja e gente desonesta.


Jornal Quatro Páginas
Data: 6 de agosto de 2011
Ano: 03
Edição: 107
Pág. 06

Por Gustavo Mattos

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Relacionamentos Virtuais – Cuidado!

A internet vem revolucionando a forma como as pessoas se relacionam. Divulgação de eventos e empresas, trocas de experiências, comunicação rápida, pesquisas escolares, jogos e muito mais, com a maior comodidade…
No entanto temos uma grande preocupação diante dessa realidade! Esse instrumento de praticidade pode se tornar um vício, prejudicando assim o rendimento escolar e as noites de sono de muitos adolescentes. Muitas vezes os adolescentes deixam de estudar ou sair de casa com os amigos para ficarem conectados no MSN, Orkut, Twitter, Facebook, entre outros.
Não existe problema em utilizar quaisquer meios de relacionamento como estes, o problema surge quando nos tornamos escravos desses meios. As rodas de conversas entre membros da família e entre os amigos estão sendo substituídas por salas de bate papo…
E como saber com quem realmente estamos falando? Com quem estamos nos relacionando? Como saber dos verdadeiros sentimentos da pessoa se não posso olhar dentro de seus olhos?
Desse ponto então podemos elencar uma segunda preocupação: os relacionamentos virtuais. É possível amar uma pessoa que só vimos por foto e teclamos no MSN? Quando muito, conhecemos a pessoa pela webcam.
Quando você navega, fala sempre a verdade, aumenta ou distorce informações? Você acredita em tudo que lhe falam?
Isso não é uma crítica às pessoas que utilizam esses meios, é, sim, um alerta, podemos conhecer pessoas e bater papo, mas jamais deixar de viver a vida real em troca de uma vida virtual.

domingo, 15 de maio de 2011

A difícil arte de perdoar...



Imagino que nem a pior prisão do mundo seja tão difícil de suportar quanto àquela que nos aprisiona por dentro, que nos impede de pensar com liberdade e de transformar nossos sonhos em realidade.
E quando é que nos aprisionamos internamente? Entre tantas coisas, destaco aqui a falta de perdão… Esta “doença” psíquica que, além de nos manter acorrentados a um sentimento que não nos acrescenta nada, muitas vezes acaba por se transformar em doenças físicas, além de destruir relacionamentos existentes há anos.
Sabemos de tantas amizades, companheirismos de trabalho e até mesmo relacionamentos familiares, que terminam porque as pessoas não conseguem tolerar e superar defeitos uns dos outros, gerando assim críticas e discussões e, por consequência a ausência do perdão.
Pessoas de “coração duro” podem gerar em suas mentes janelas killers e muitas vezes apresentar sintomas como dores no peito, insônia, dores musculares, humor deprimido, estresse, perda de apetite, entre outros. As pessoas que descobrem a arte do perdão, reduzem o nível de estresse, vivem mais confiantes e si mesmas, conseguindo atingir a calma e a paz de espírito.
Jesus ao ser interpelado por um de seus discípulos sobre quantas vezes deveríamos perdoar uma mesma pessoa, nos deixou um grande desafio: “Não te digo perdoar até sete vezes; mas, até setenta vezes sete”.
Tarefa esta dificílima, porém, não impossível. Todos somos capazes de conseguir tal proeza! Precisamos nos tornar protagonistas da nossa história e gerenciadores de nossos pensamentos. Devemos compreender as pessoas que nos ofenderam e nos magoaram, e saber que por trás de uma pessoa que nos fere, há sempre uma pessoa ferida, só assim conseguiremos lhes perdoar. Se a perdoamos, morre dentro de nós o “monstro” em que transformamos esta pessoa, e esta renasce não mais como inimiga, mas como um ser humano que possui limitações iguais as nossas.
Você tem alguém a quem precisa perdoar? E por que não o faz?
Você deve um pedido de perdão para alguma pessoa? Faça isso então, você não irá se humilhar mas se tornará humilde e aliviará seu coração!

segunda-feira, 18 de abril de 2011

A ética na profissão do educador

Primeiramente, devemos ter claro o que significa ética, pois, “a ética é daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém pergunta”. (VALLS, 1993)
Ética é um conjunto de valores morais e princípios que norteiam a conduta humana na sociedade. Ou seja, ela serve para que haja um “equilibrio” social, é constituida por uma sociedade com base nos valores históricos e culturais.
Falando em equilibrio, isso é uma coisa da qual nós Educadores devemos nos primar, pois, depararemos com situações em sala de aula e em nosso cotidiano de educar como, desrespeito, salários baixos, má condições de trabalho, dificuldades de aprendizagem, entre outros, se não tivermos esse equilibrio não conseguiremos grandes transformações com nosso trabalho ou simplesmente nos frustraremos.
Temos as nossas necessidades materiais, claro, mas o que é determinante para ser um educador que faz a diferença?
A educação é muito mais do que um trabalho, posso dizer que é um projeto de vida, que se não baseada na paixão pela formação do ser humano, perde o sentido em si mesma. Quem você quer ser para seu aluno é fundamental no que ele irá se transformar.
Que tipo de cidadãos queremos formar?
Nós, educadores, devemos trazer conosco valores éticos, tais como respeito, paciência, atenção, dignidade, diálogo, dedicação, discrição, compreensão e igualdade. Sem esses valores será difícil atingir o objetivo da educação.
O cuidado com nossa postura dentro e fora da escola é de suma importância, pois somos espelhos para nossos educandos.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Cyberbullying o que é? Proteja-se dos lobos virtuais!

Antes de falarmos de cyberbullying , vamos entender o que é o Bullying.
Bullying é um termo inglês e refere-se ao verbo “ameaçar, intimidar”. É uma situação que caracteriza-se por agressões psicológicas ou físicas de maneira repetitiva por parte de um indivíduo contra outro. Podemos citar como exemplos de bullying: espalhar rumores sobre a índole de uma pessoa, forçar por meio de ameaças um indivíduo a fazer algo que ele não queira, colocar apelidos pejorativos, entre outros.
Como se não bastasse essa onda do bullying, como toda essa nova tecnologia surgiu e está crescendo cada dia mais o cyberbullying, neste caso podemos chamar o agressor de cybervalentão ou lobo virtual.
Aqui, o agressor encontrou a vantagem de tudo ter uma repercussão veloz e rápida. Esta prática consiste em disseminar mensagens privadas, postar comentários pejorativos sobre os colegas em blogs, Orkut, Twitter, etc. e trocar ofensas por meio comunicadores instantâneos, como o Messenger e o Google Talk.
Com o cyberbullying não existe final de semana ou férias… A todo o momento estamos sujeitos a receber uma agressão virtual.
Acredito que em casos de bullying ou cyberbullying é necessário trabalhar a prevenção, para que aprendamos a proteger nossa emoção, uma vez que temos nosso psicológico estruturado e fortalecido essas agressões não nos abalarão; precisamos nos colocar no lugar do outro, ora, não farei nem direi coisas ao outro se não quero que digam a mim. Precisamos saber superar as ofensas a nós dirigidas, isso é atitude dos sábios, precisamos perceber o real valor que temos como seres humanos.

A revista Nova Escola (maio/2008) fala sobre quais providências devemos tomar quando a agressão se torna algo constante e grave. Confira:

“O advogado Rodrigo Santos, de São Paulo, especializado em crimes virtuais, afirma que as vítimas têm o direito de prestar queixa e pedir sanções penais. Caso o autor das ofensas tenha menos de 16 anos, os pais serão processados por injúria, calúnia e difamação; se tiver entre 16 e 18 anos, responderá junto com os pais; e, se for maior, assumirá a responsabilidade pelos crimes. Algumas formas de se defender:

¦ Salve e imprima as páginas dos sites.
¦ Consiga testemunhas do ocorrido.
¦ Preste queixa em delegacia comum ou em uma especializada em crimes virtuais, se houver em sua cidade”

sábado, 2 de abril de 2011

Quando a morte nos separa...

Passar por um momento de perda de alguém da família me fez pensar e refletir… Sabemos que essa é única certeza de nossa vida, a morte. Temos plena consciência disso, mas nunca estamos preparados, ela ainda nos parece algo distante… O questionamento então é: Como estar preparado para a perda de algum ente querido? Será que existe algum método pra isso?
Existe sim, esse método chama-se Amar! Amar enquanto é tempo! Amar enquanto há vida! Refiro-me aqui ao amor ágape, o amor fraternal. Quando assim o fazemos nosso choro será simplesmente pelo sentimento da saudade, até mesmo o Mestre dos Mestres chorou ao saber da morte de seu amigo Lázaro.
Muitas vezes é na religião onde as pessoas buscam consolo e entendimento para a morte, e seja qual for a crença, sabemos que teremos oportunidade de irmos a um lugar muito melhor do qual estamos.
Não tenha medo de dizer às pessoas que te rodeiam o quanto você as ama, o quanto elas são importantes para você, e não apenas fale, mas demonstre através de suas atitudes. Faça enquanto há tempo, amanhã pode ser tarde.
Existe uma canção, que particularmente gosto muito, e que diz: “Não há tempo ou distância pra nos separar de quem está presente e vivo em nós” (Celina Borges). Que ao passarmos por uma situação de perder uma pessoa, que a tenhamos viva em nosso coração e que possamos sempre lembrar dos momentos em que demonstramos nosso amor e não dos momentos em que poderíamos tê-lo demonstrado.

sábado, 26 de março de 2011

Inveja: Um sentimento que destrói...

Um sentimento torpe do ser humano, é a inveja. Ela surge quando temos a sensação de perda ou de vazio por “algo de desejo”, principalmente quando nos julgamos mais dignos de possuir este “algo” e superiores a quem o possui.
Assim como a falta de perdão, ela vai nos destruindo aos poucos e muito contrária ao amor/caridade, ela é maligna, traiçoeira, se incomoda com a felicidade alheia, é capaz de trair anos de amizade, relacionamentos familiares e amorosos. Faz-nos agir por impulso e nos coloca num foco de tensão gerando em nossa mente janelas killers, que nos impedem de pensar o quão dolorosa pode ser suas conseqüências, e estando nesse foco tomamos atitudes ou falamos coisas que jamais deveriam ser ditas.
A inveja pode muitas vezes se tornar um vício, basta alguém se destacar em alguma área, possuir algo de valor ou até mesmo o fato de comprar uma roupa, um calçado ou uma jóia, que lá estará o invejoso, pronto para lhe fazer elogios, não sinceros, e também a lhe apontar defeitos, muitas vezes não existentes.
Os pontos negativos desse mal da humanidade são inúmeros. Porém, o que vale a pena destacar aqui é como reverter esse quadro.
Se você é vitima desse sentimento alheio, fique atento, pois a pessoa que sente a inveja pode construir uma teia de mentiras e fofocas para lhe destruir. Mas saiba que ela só terá poder sobre você, se você alimentá-la. Não queira saber o que os outros estão falando ou pensando sobre você, muitas vezes deixamos de viver nossa vida em função do que os outros pensam. Acredite no seu potencial, inveja é sentimento dos fracos.
Se esse sentimento nasce dentro de você, não queira ser como os outros, aceite-se – não falo aqui de conformismo – Se almejas melhorar, busque isso sem desejar o que é do próximo. Saiba que esse sentimento bloqueia, paralisa nossa criatividade e prejudica nossas relações interpessoais, creia no seu potencial. Enxergue suas limitações, tenha coragem de pedir desculpas e força para corrigir rotas. Reconheça o valor que cada pessoa a sua volta tem e esteja disposto a aprender com elas. Tenha um caso de amor com sua própria vida, só assim aprenderá a amar o outro sem cobiçar o que é seu.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Trabalho em equipe: Desafio para o mundo individualista!

Antes de discutirmos sobre o assunto, vamos a ler a história abaixo:

"Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembleia. Foi uma reunião das ferramentas para acertar suas diferenças.
O martelo exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho e, além do mais, passava todo o tempo golpeando. O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas voltas para conseguir algo. Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua vez, pediu a expulsão da lixa. Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse a trena, que sempre media os outros segundo a sua medida, como se fora a única perfeita.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o martelo, a lixa, a trena e o parafuso. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel. Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão. Foi então que o serrote tomou a palavra e disse: 
Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes.A assembléia entendeu que o martelo era forte, o parafuso unia e dava força, a lixa era especial para limar e afinar asperezas, e a trena era precisa e exata.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir móveis de qualidade. Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar juntos…"

Autor Desconhecido

Conosco, seres humanos, ocorre o mesmo. Quando buscamos e apontamos defeitos no outro, criamos um relacionamento negativo, nos tornamos seres egocêntricos.
Trabalhar em grupo não é fazer vista grossa aos defeitos e dificuldades do outro, mas sim, lapidá-los e transformá-los em coisas positivas, que contribua com o trabalho. Precisamos romper o egocentrismo, extrair a inteligência das pessoas e estimulá-las a pensar e cooperar com os demais…
Temos que compreender que não somos os donos da razão, e quando estamos na liderança da equipe não devemos ter o desejo doentio de controlar as pessoas. Trabalho em grupo exige saber ouvir, falar, debater, discutir ideias, procurar soluções em conjunto.
Trabalhar em equipe é uma das funções mais importantes da inteligência. Para desenvolvê-la é preciso cortar as raízes da inveja, ciúme, competição predatória e necessidade neurótica de estar sempre certo. A competição excessiva e sem ética bloqueia a inteligência gerando o individualismo e o isolamento.
“É fácil encontrar defeitos. Qualquer um pode fazê-lo. Mas encontrar qualidades, isto é para os sábios”.